quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Antipatia, Biometria ou Sabedoria


A Justiça eleitoral brasileira criou há duas décadas, um sistema invejável de votação e contagem de votos, chamado voto eletrônico. Dessa forma o Brasil aposentou as cédulas, as intermináveis contagens de sufrágios, as ansiedades quase “enfartarias” por resultados. Tudo isso substituído por tecnologia, praticidade e muita segurança.

Com o passar dos anos, as velhas práticas de pseudos representantes públicos, a corrupção bancando o jogo do poder, os noticiários, parece que superaram, todas as invenções para tornar mais prática as eleições, mais transparente o sistema de escolha dos administradores do país, estados e municípios.

Tenho acompanhado o trabalho incansável dos TER’s por todo o país, na tentativa de tornar ainda mais acessível, transparente e seguro o modo de votação no país, através do voto biométrico. Para isso, o TSE precisa realizar um recadastramento de todo nosso eleitorado. Porém o que temos no panorama atual é uma gritante falta de empolgação por parte do brasileiro em realizar o recadastramento biométrico.

Campanhas são veiculadas nas mídias, em redes sociais em anúncios de outdoor, mas o resultado dessa busca ativa por renovação do título eleitoral não está a contento e preocupa o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais.

Ao observar os colegas de imprensa em Patos-PB, convocar, chamar, pedir e até ler as sansões que a legislação prevê para os eleitores que não fizerem o recadastramento biométrico. Mas analisando os fatos da nossa contemporaneidade, as falcatruas, os roubos, os desvios, a falta de coerência, de vergonha de alguns políticos brasileiros eu me pergunto: Será que o povo cansou de tanto descaso, tanta safadeza e tanta falta de compromisso com o cidadão?

Se o nosso país fosse de políticos de honestos, sinceros, com compromisso, aplicassem os recursos públicos nas mais variadas áreas em que a sociedade necessita, isso estaria acontecendo?

As me questiono como os políticos honestos (porque ainda existe e na sua maioria), se sentem ao ver esse desgaste da classe? Como eles pretendem convencer o eleitor que a democracia e o seu exercício ainda é a melhor forma de tentar construir uma sociedade mais justa, mais completa e mais abrangente em relação à desigualdade social?

Não quero crer que o eleitor brasileiro, paraibano, patoesne e demais cidadãos que podem escolher os representantes, é contrário a evolução tecnológica em relação à lisura, transparência e segurança ao sistema de votação e apuração nas eleições.

Por isso a reflexão que se faz é, se o eleitor não é “anti-tecnologia”, se ele sabe do local e das datas limites para realizar o recadastramento, então o povo pode está cansado de tanto descaso. A antipatia do eleitor, prejudica a biometria e a sabedoria do povo vai ficando cada vez mais evidente.




Sertaopolitico/Eduardo Rabêlo

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